Transcrição do áudio
Apesar da grande disponibilidade hídrica, longa faixa litorânea e relevos pouco acidentados, o Brasil preferiu adotar uma política de transportes apoiada nas rodovias.
Embora o sistema rodoviário seja oneroso (três vezes mais do que o ferroviário e nove vezes mais do que o fluvial), ele responde por cerca de 64% da carga que circula no território.
Por priorizar a integração inter-regional, o desenvolvimento do transporte rodoviário prejudicou a melhoria e a expansão dos transportes ferroviário e hidroviário.
A malha ferroviária brasileira é pequena e obsoleta. Os serviços de passageiros praticamente acabaram, e os de carga existem em sua maioria para o transporte de minérios.
As únicas linhas de passageiros que ainda preservam serviços diários de longa distância com relativo conforto são as ligações: Parauapebas – São Luís; e Belo Horizonte – Vitória.
O transporte hidroviário no Brasil é dividido nas modalidades fluvial e marítima. O transporte marítimo é o mais importante, respondendo por quase 75% do comércio internacional do Brasil.
O transporte fluvial é o mais econômico e limpo, porém, é o menos utilizado no Brasil. Entretanto, há regiões que dependem quase que exclusivamente desta modalidade, como é o caso da Amazônia, onde as distâncias são grandes e as estradas ou ferrovias inexistem.
Em geral, é necessária a instalação de uma matriz multimodal, ou seja, com vários sistemas de transporte e a criação de terminais rodoviários, ferroviários e hidroviários. Isso reduziria os fretes, aumentaria a competitividade dos produtos e permitiria uma maior integração territorial.
Outra necessidade é uma maior integração rumo ao oeste do país, principalmente em direção aos países sul-americanos e ao Oceano Pacífico, a fim de ampliar as trocas comerciais dentro do continente.
Vocabulário
Oneroso – Que ocasiona muitos gastos, despesas.
Malha – Conjunto de fios, cabos, objetos, pessoas etc. ligados entre si em um sistema.
Fluvial – Referente a rio ou próprio de rio.